Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Em redor


Açores, José Alves
Este deveria ser um «post» belo, porque é Verão.

Ucrânia, A Bola
O calor e o azul enlaçam o meu lugar.

Creta, José Alves
E eu conheço paraísos terreais. 

Filipinas
Manchados pelo sangue de inocentes.

Isla Cristina, Andaluzia - José Alves
Mas os homens...

Exército israelita retoma ofensiva por "terra, mar e ar"
Israel/Palestina
Porém, os homens...

São Pedro de Moel, Portugal - José Alves
Todavia, os homens...

Boko Haram executa 12 pessoas na Nigéria
Nigéria
Contudo, os homens...

Figueira da Foz, José Alves
Não encontraram a Humanidade.

Avião destruído no aeroporto internacional de Trípoli
Líbia
Homo sum, humani nihil a me alienum puto.  (Terêncio)
(Sou Homem, nada do que é humano me pode ser alheio.)

Madeira, José Alves
Por isso, me são proibidos «posts» fúteis de Verão.

Rio na China fica vermelho misteriosamente (vídeo)
China
Há que ter um olhar circundante.


sexta-feira, 25 de julho de 2014

Eu e tu


Leonid Afremov


Há brumas
rumores infindáveis
e gotas de orvalhos
                           adormecidos
Há espumas
segredos incontáveis
na orla destes mares
                           enternecidos


Ana


Nota pessoal: foi há trinta e três anos.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Metáforas improváveis...

Mont Blanc, Alpes -  José Alves

Monte Branco, offshores e arredores....


Chamonix, França - José Alves


«A cada dia a sua miséria» (provérbio judeu)


As 'offshores' da operação Monte Branco  (EXPRESSO)


terça-feira, 22 de julho de 2014

Ancorados

Grécia, José Alves

Há dias...
Em que o Mediterrâneo se deita
Quieto nas madrugadas 
E uma luz rarefeita 
Aquieta lágrimas
Nuas e esgotadas
Pelas pedras de antanho
Nas calçadas.

E vogam marés de silêncio
No vago rumor deste vento

Ana




quarta-feira, 16 de julho de 2014

Dias em brasa



Johann Georg Trautmann (1713–1769)



E depois
Há dias em brasa
Sobre os quais
Caminhamos
Ainda

E depois
Há esta luz intensa
Infinda
Ofuscante
Plena de sóis
Repleta de cais

E navegamos
A lonjura imensa
Alongando a asa
Frágil quadrante
No dia que finda
Em brasa

Ainda

Ana

sábado, 12 de julho de 2014

Exames

Alto Alentejo, José Alves
Duros dias, longos dias, vários dias, dias e dias...quase sem noites.


sexta-feira, 4 de julho de 2014

Piedade Sol

para a Ana T.
guardo palavras que escrevo sem ecos,
apenas no murmúrio do canto das gaivotas ,
e dos azuis (sempre)!
                                                                                                                   Piedade Sol



Em longos dias de escravidão infinda, longe do mar e cerca de muitas marés, o peito guarda angústias, mas o rosto sorri e espelha esse azul do céu que cobre a minha planura. 
Sabemos que outros, como nós, cravam o olhar na existência. 
Alguns tecem-se de palavras cristalinas, contidas e pautadas pelos silêncios necessários à música da existência. Outros clamam, resistem e lutam com palavras limpas atrás dos muros hodiernos. Também os há de libidos exasperadas pela solidão com que nunca sonharam e todavia habitam. 

Nós levaremos, com o óbulo, essa passagem para as ilhas. Ali, escutaremos, ainda, o rumor constante das ondas da memória, a música infinita das esferas. E, nesse dia, teremos a certeza de termos sido habitantes do momento, mistura fraterna de humanidade, poeira luminosa na imensidão cósmica.


O teu nome reúne palavras perenes de humano e a tua visão é irmã da beleza. Obrigada por teres afagado a minha vida nestes dias longos como o Verão do meu lugar. Obrigada por existires e seres irmã da minha humanidade e me trazeres, hoje, essa prova da persistência humana que nos irmana e habita.


Serei sempre servidora dessa religião humana: Amizade!

Obrigada, Piedade Sol - http://olharemtonsdeflash.blogspot.pt/.