Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Teorias da conspiração ou sinais dos tempos?

Teorias da conspiração




«Umbrella Corporation (também conhecida como Umbrella, Inc., Umbrella Pharmaceutical Inc. ou Umbrella Corp.) (アンブレラ・コーポレーション) é uma empresa fictícia para série de jogos e filmes Resident Evil, fundada com o objetivo de criar armas biológicas. Ela opera sob uma espécie de monopólio no mercado mundial. A Umbrella produz produtos farmacêuticos, armamentos, computadores e outras atividades clandestinas de pesquisa biológica.

O Slogan seria "Our Business is Life Itself" ou em português "Nosso negócio é a própria vida.", outro slogan diz: Umbrella's moto have always been: "Preserving the Health of the People", ou em português: O lema da Umbrella sempre foi: "Preservando a saúde das pessoas", um terceiro slogan foi introduzido no Brasil através dá série de longa metragens de Resident Evil onde diz "Nosso negocio é a vida, fazemos tudo por você".

A Umbrella foi fundada por James Marcus, junto com o Lorde Ozwell E. Spencer, um descendente da família real inglesa, e Edward Ashford.

Na franquia de filmes a Umbrella é a principal vilã sendo comandada por Albert Wesker que perdeu o controle da empresa para a IA Rainha Vermelha que retorna em Resident Evil Retribuition.

A empresa havia saído da série de jogos, quando no começo de Resident Evil 4 o protagonista Leon narra que a empresa tinha falido, outros jogos da franquia também confirmam o acontecimento, como Resident Evil Umbrella Chronicles e Resident Evil Outbreak File #2. Em Resident Evil 6, surge uma empresa chamada Neo-Umbrella, a mesma possui Carla Radames como líder. A empresa é fortemente inspirada na Umbrella Corporation, aparecendo já formada com bases subaquáticas e grandes laboratórios.» (WIKIPEDIA)




Estranhos são os tempos, mas os sinais e símbolos instalam-se por toda a parte. São fruto dos mitos e da tentativa de os explicar. Pessoa diria, «O nada que é tudo». Daí que os símbolos me atraiam tanto.

Vivemos num tempo de realidades fraccionadas, mesmo que o conceito de Real sempre tenha sido a inquietação filosófica por excelência. As preocupações são, por isso, crescentes. Entranham-se os símbolos, modifica-se a realidade aparente, mas é nela que habitamos.

O tempo do «eu» é de uma perigosidade enorme: eu posso; eu mereço; eu quero; eu vou; eu tenho...o individualismo pós-moderno, pós-ocidental, pós-humanista exportado através de todo o tipo de indústrias que alimentam o grosso ventre das sociedades consumistas - à margem de ideologias que se esfumam.

O «eu» observa-se a si próprio, esquecendo-se da sua natureza de animal social, tal como o definiu Aristóteles. Os resultados estão à vista!




Nota: lá vou eu ter que apagar mais um comentário do movimento, dito, pós-humanista. Estes comentários são frequentes por aqui, bem como os convites. Calma, a minha geração leu Nietzche na adolescência e sabe muito bem que não somos todos hiperbóreos.




domingo, 19 de janeiro de 2020

Um chá na Pérsia



Iman Maleki, «Peixeiro»,  pintor iraniano

Gostaria de, no próximo Verão, visitar aquela terra a que os Gregos, um dia, chamaram Pérsia. Muito provavelmente não poderei fazê-lo. Não por os misseis, desta vez, não terem o ardiloso «capacete de ferro» israelita a proteger-me, mas por motivos pessoais - os mesmos que, por vezes, silenciam o «Sul Sereno».
Sabes que corro atrás da História. O Irão alberga os fundamentos de uma sabedoria ancestral e equaciona o meu sentido de justiça. Sabes que não rejeito lugares inóspitos. Procuro, sem cessar, a resposta para a pergunta que me aflige:

Que estamos a fazer da Humanidade?


Resta-me reler Hafez, poeta persa do séc. XIV.

Edição bilingue em castelhano-árabe


Solitário?
Milhares de seres apaixonados e nus
habitam as cavernas antigas debaixo das 
Minhas pálpebras.

Riquezas?
Toma aqui um punhado,
todo o meu corpo é uma esmeralda que implora.

Eu aprendi tanto de Deus,
Que já não posso mais chamar-me
Cristão, Hindu, Muçulmano, Budista, Judeu.


A Verdade compartilhou tanto de si mesma comigo,
Que já não posso mais chamar-me Homem, mulher,
anjo ou mesmo uma alma pura.





sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Nenhures


Califórnia, Ribatejo


Enquanto, hoje, atravessava a Califórnia, ironia materializada, ouço uma notícia que bem reflecte o perigoso jogo de reflexos em que o Mundo se revê.


O Globo, 17/01/20


E...de um lado a bandeira pátria...e do outro lado a cruz de Lorena, símbolo da fé de Roberto Alvim. 
Estranhos e perigosos andam os tempos!


Como quando Fernando Pessoa afirmou:

«A arte suprema tem por fim libertar...

A arte suprema tem por fim libertar — erguer a alma acima de tudo quanto é estreito, acima dos instintos, das preocupações morais ou imorais.
A arte nada tem com a moral, quanto ao fim; tem, quanto ao conteúdo.
Toda a arte deve dar prazer — o tipo de prazer é que varia. A arte inferior dá prazer porque distrai, liberdade porque liberta das preocupações da vida; a arte superior menor dá prazer porque alegra, liberdade porque liberta da imperfeição da vida; a arte superior dá prazer porque liberta, liberdade porque liberta da própria vida.
Um assunto sexual deve ser tratado em arte de modo que não suscite desejo. Para suscitar desejos, serve melhor uma fotografia pornográfica.»
13-10-1914?
Páginas de Estética e de Teoria Literárias. Fernando Pessoa. (Textos estabelecidos e prefaciados por Georg Rudolf Lind e Jacinto do Prado Coelho.) Lisboa: Ática, 1966.
  - 53.