São os tempos que vivemos. Muito ruído e muita mentira. Muito medo e muita euforia. Como todos, este é o tempo que o rio me concedeu para navegar...
O livro pouco volumoso de Byung - Chul Han é a minha mais recente leitura. Muito do que somos, socialmente, reduz-se as estas páginas do filósofo.
«O cansaço tem um grande coração.», diria Maurice Blanchot
Perto do fim, o autor alerta-nos:
O cansaço desarma. No olhar lento e moroso do homem cansado, a firmeza dá lugar à serenidade. pág. 56
Estranhos tempos vivemos. A actividade intensa dos nossos dias conduz-nos a uma atitude de indiferença indefesa e solitária. Há muito que sabíamos disto mas, vê-lo escrito e fundamentado, incomoda e desperta.
Precisamos, com urgência, de voltarmos a ser firmes! E...menos cansados, apesar desta contractura que me aprisiona a perna, por causa do excesso dos dias cansados.