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Roma - José Alves |
Caminhamos devagar, sempre a pé, pernas ligeiramente escaldadas por este calor romano - respiração cálida de outras eras. Há mais de vinte anos, por aqui caminhámos dias a fio. Agora, aqui estamos de novo. O nosso filho, já homem feito, acompanha este gosto sereno de olhar cada detalhe. Herdou essa paixão por deambular. Por dentro da sua blusa de riscas, por detrás dos seus óculos escuros escuta a História.
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Roma - José Alves |
É nestes lugares esconsos que a vida acontece e o tempo se instala. Alguns romanos desviam-se dos turistas, incomodados como nos tempos do império perante a turba exótica. Vamos, então, não peças um capuccino, não te entregues...essa é uma bebida matinal. Sejamos romanos.
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Roma - José Alves |
Ao longe, escondem-se os monumentos que bem conhecemos, a que retornaremos, porventura. Levaremos o mapa e olharemos, deslumbrados, como todos os outros. Todavia, é aqui que a cidade pulsa, na sua ímpar identidade.
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Roma - José Alves |
Comamos por aqui, frugalmente, que o excesso sempre acarreta o declínio. Essa foi a lição que aqui temos plasmada em cada pedra. Talvez te conceda um limoncello, talvez ele me seduza, cítrico e doce. E, tu insistirás, como de costume, para adoçar a minha rigidez disciplinada...por isso, te quero.
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Roma - José Alves |
Ana