Alentejo, José Alves |
Caminho pela charneca. Botas grossas habituadas à distância. Assim endureço o corpo e alimento a voragem do frio Inverno. Sob os meus passos quebra-se o último gelo da madrugada. Pisar as gélidas manhãs é a arte de saber que o brilho solar aquecerá o dia. Certeza de um calor prometido aos que inspiram o limpo ar da planície. Amo esta distância entre a hipocrisia palaciana e a imensa planura deserta.
Alentejo, José Alves |
É nesse pasmo renovado que amanheço e me reinvento. Assombroso Anteu que sempre me renovas! Prece infinda à Natureza escrava. Enfrentemos cada dia olhando essa pequena flor extemporânea e inaudita! Flor espantosa, cujo fascínio, sinal da maravilha, traz a promessa de um Dia melhor.
Alentejo, José Alves |
Ana
13 comentários:
Sinto a falta
disso
de que me fala
aqui só calcorreio
pedra da calçada
ah! e faltam flores
"Amanheço e reinvento"---- é isso mesmo :)
Um bom dia de reis, e claro, um belíssimo 2015 :)
À flor dos sentidos
Bj
gosto de flores sem nome - que habitam a charneca!
... e (a minha) montanha!
muito belo teu texto.
beijo
Lindas são essas imagens do Alentejo,
nas verdejantes pastagens gado cavalar
também uma flor roxa, numa delas vejo
sobre a planície nuvens negras a pairar!
Boa noite amiga Ana, um beijo.
Eduardo.
Como gostaria de poder saborear o Alentejo, o meu Alentejo, assim...aqui,é como diz o Rogério : nem flores nem terra vermelha, só calçada.
Aninhas, bom 2015 :)
Em comunhão com a natureza,ouvindo os seus silêncios e os seus sons, sentindo o seu perfume, passeio que enrijece o corpo e amacia a alma.
Belas palavras aliadas às também belas imagens. Parabéns aos dois.
Beijinhos, querida Ana.
Olinda
Boa tarde, sou um admirador do Alentejo, conheço as suas lindas paisagens e aldeias, viajo quase todas as semanas para o belo e simpático Alentejo que adoro.
AG
Querida Aninha
Faltam-me essas raízes. Voltava ao campo no tempo dos meus pais. Vivo na cidade mas penso no tempo em que as férias, nessa altura ainda grandes, com uma saudade da liberdade e dos vastos horizontes.
Pois é amiga os Natais vão ficando mais pequenos.
Beijinhos com amizade
Olá,Ana!
O Alentejo é tudo isso: flores silvestres, sossego, espaço abundante, ar puro, um oásis de tranquilidade.
Um abraço,
Jorge
Também sinto falta dessa "distância entre a hipocrisia palaciana e a imensa planura deserta."
Pelo menos aí renovas a esperança, por aqui está a ser mais difícil, talvez porque a paisagem é mais agreste.
beijinho amiga Ana
Fê
Dou contigo esse passeio para me reinventar...
Um beijo.
A natureza... Como eu te entendo, Ana!
Um beijo :)
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