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| V. Kush | 
Lá fora há uma guerra qualquer e novas pestes globais vêm de regresso. Atravesso o vento e o silêncio deste Levante rude em que habito. Há,  noutros sítios, lugares de fugaz maravilha onde os homens caminham sorridentes. Aqui, fustigados pela fúria de tantas intempéries, temos ainda o dever da coragem.
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| V. Kush | 
Mesmo que na difícil jornada a injustiça se refaça a cada gesto e que a verdade se retraia medrosa e castigada. Mesmo que a penumbra incerta do futuro se tenha convertido a uma terminologia nova e frágil. Mesmo que sibaritas indolentes se posicionem nos salões.
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| V. Kush | 
E se o Outono húmido apodrece nas esquinas  dos lugares, os dias esgotados envelhecem devagar e lutam ainda! Os sonhos dos homens perduram e reinventam as veredas da esperança.
Não desistas...
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| V. Kush | 
Procura a maravilha.
Onde um beijo sabe
a barcos e bruma.
No brilho redondo
e jovem dos joelhos.
Na noite inclinada
de melancolia.
Procura.
Procura a maravilha.
Onde um beijo sabe
a barcos e bruma.
No brilho redondo
e jovem dos joelhos.
Na noite inclinada
de melancolia.
Procura.
Procura a maravilha.
Eugénio de Andrade





