RTP |
Depois de mais um dia longo de secura e Sol, de preocupações diversas e momentos de breve felicidade, repenso como uma pandemia tantas vezes se prolonga em caminhadas assassinas de lagartas de colunas militares...lições da História - cada vez menos estudada nos bancos do nosso sistema educativo.
Há dias assisti a um documentário sobre a Eritreia e percebi que nem uma só vacina para a covid-19, nessa parte do mundo, fora administrada - um horror sobre todos os que, ali, vi.
Como pode o ser humano não respeitar a vida e a paz de outro ser humano?
Agora, vendo notícias preocupantes, quando procuro descortinar pelo meio das ondas de propaganda e de medo legítimos, o meu computador devolve-me o mapa dos territórios disputados aí pelo planeta que, juntos, habitamos. (Deixo, aos mais curiosos, um link na legenda)
http://metrocosm.com/disputed-territories-map.html |
Hoje não acontece o poema. Mesmo que empenhado, ele seria fútil. Mesmo que com as palavras exactas, ele seria o verniz balofo de uma desumanidade anunciada. Não me apetece a Poesia, quando a Humanidade teima em desperdiçar o planeta que pisa e o sopro de vida a que cada um de nós é dado o direito de possuir.
Eu já pisei territórios disputados, ouvi rajadas e vi destroços. Não içarei, por aqui, nenhumas bandeiras, pois elas são, tantas vezes, a mortalha dos homens!
Ana
Post scriptum: não é desânimo, mas revolta.