Vladimir Kush, Symphony of The Sun |
Chegaram os longos dias do futuro. São quentes e caminho entre tílias. Contra o peito aperto o sol e a esperança.
Que importa se não te explico, em intimismos banais, a doçura serena dos passos rápidos? Este mundo que se agita à superfície e que parafraseia poetas de antanho, que li um dia, olhando o Mediterrâneo, não me inspira nem arrebata. Cultismos novos juntam palavras antigas, na emergência vazia dos dias que restam. Glórias narcísicas em solidões quietas. Entendo.
Trabalho. Trabalho sempre. Trabalho, no rumor dos que esperam um novo dia de olhar luminoso. Amarei hoje e no futuro esses jovens inquietos que se sentam em filas nervosas, desventrando a alma dos Textos. Eles sabem e eu sei: no princípio era o verbo.
Recriemos, então, o Mundo, nos longos dias do futuro!
Ana