Jorge Martins |
Desde há muito tempo que o trimestre da Primavera me escapa. É Sul que me atropela! Silencia-se o blogue, por excesso de vida e, nos últimos anos, também de morte...são de Abril os meus mais queridos. Partiram, assim, entre flores no Outono das suas vidas. Talvez essas memórias íntimas e de pensamento recorrente me bloqueiem o estro rudimentar...
As escolas atolam-se de burocracia, agitam-se de medos e desconforto, numa profissão que deveria ser livre, na sua beleza diversa, e suficientemente remunerada para atrair os que a amam e precisam, a um tempo, de ganhar o seu pão. Mas tudo se tornou imposição, complicação, desnorte! Curiosamente, os alunos caminham para um analfabetismo de diversas ordens. Sinais dos tempos.
O Alentejo clama por mim e o exterior é, agora, o habitáculo por excelência. Jardim, pátio, parque, charneca, planície, meu amor...
Hoje, deixo apenas o sonho do respeito mútuo, da tolerância, do ar sereno...talvez um pouco triste pelos atropelos da recordação e, também, da memória dos dias da intolerância. O Alentejo não esquece.
"Desta água não beberei." |