Perdemo-nos pela Beira.
Paisagem fantasmagórica com escuros vales. Braços de árvores erguidos, velhos troncos de incêndios antigos. Memórias de Verão sem sossego.
Grifos erguem-se do passado e a memória de mitos esotéricos sobressalta - me...
A Beira inquieta-me.
Paisagem fantasmagórica com escuros vales. Braços de árvores erguidos, velhos troncos de incêndios antigos. Memórias de Verão sem sossego.
Grifos erguem-se do passado e a memória de mitos esotéricos sobressalta - me...
A Beira inquieta-me.
A voz do querido Professor Lindley Cintra ecoa, de longe, e traz-me a lenda do Rei Wamba, último dos visigodos que aqui reinou, no século talvez sétimo.
Godos, velhos habitantes peninsulares que nos transmitiram este catolicismo que se entranha, aqui, em cada pedra.
E, bruxas que não vemos, vagueiam pelos socalcos pedregosos caminhando para Espanha.
Godos, velhos habitantes peninsulares que nos transmitiram este catolicismo que se entranha, aqui, em cada pedra.
E, bruxas que não vemos, vagueiam pelos socalcos pedregosos caminhando para Espanha.
Até o Tejo se estreita o quanto pode, quase com Ródão a fechar-lhe as portas.
Os homens têm ares de velhos Viriatos - peito forte, cabelo farto, ar de guerreiros capazes de enfrentarem a última legião romana.
E, lá pelos lados da Serra da Gardunha, naves extraterrestres rasgam as noites mais escuras, sem que os homens se maravilhem.
Os homens têm ares de velhos Viriatos - peito forte, cabelo farto, ar de guerreiros capazes de enfrentarem a última legião romana.
E, lá pelos lados da Serra da Gardunha, naves extraterrestres rasgam as noites mais escuras, sem que os homens se maravilhem.
As nuvens caem baixas, como farófias gigantescas, e acontecerá decerto algum milagre.
A minha Fé, que já existiu e me perturba agora cada dia, como se fora caminho para o Inferno, aflora nestas rochas superficiais. Se me distrair...
Ao longe, gigantes eólicos quixotescos, rodam braços energéticos e apontam um futuro que não sabemos se seremos capazes de habitar.
Perdemo-nos pela Beira.
10 comentários:
Que espetáculo a foto das cegonhas!
Querida Ana!!!! Umas fotos maravillosas!!!!
Qúanto têmos em comúm!!!!
Qualquer español, podería dizer a mesmas palavras, citar os mesmos nomes, paisagens, rios, Reys, Deuses...
O homen, coloca fronteiras que as terras, os rios, o mar, e o céu näo comprendem....
Säo mais sabios que nós....
n pos maraviloso.
Bom fin de semana, amiga.
Que beleza para os olhos.
Bonito!
Beijinhos e bom fim de semana
Ana, que paisagens. A beira... o horizonte, o voo, a mitologia: coisas pelas quais sou apaixonado. Minha tese de doutorado é sobre vosso rei, Dom Sebastião, de como uma pequena ilha aqui do Brasil o espera e canta para ele. Tudo lindo, encantador.
Olá, amiga!
O seu texto está muito bem elaborado e emoldurado!
***
Quanto ao meu livro, a informação pedida:
enfim chegou-me às mãos!
E pronto para seguir para outras mãos!
Beijinho
Ana:
Imagens belíssimas!
Maravilhosas!
Beijo.
Oi, Aninha...
belo texto, com lindas imagens!
Um finalzinho de domingo cheio de paz prá ti!
Beijos!
♥
Ana, como descreveu, me deu arrepios! Medo! Até a voz do professor ficou assustadora!! Ai, ai, caminho para o inferno? Eu passo, não vou! (rs*) Beijus,
Querida Ana, gostei imenso deste post. Pelo texto e pela excelente ilustração.
Boa semana, beijos.
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