Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Decadentes milenares

jfrodrigues@stny.rr.com



Traz-me os dias claros, tecidos de fios luminosos. Um frio fino tomou conta do poente. As manhãs cobrem-se de um vítreo polar. Os meus passos estalam no silêncio. Caminho em frente e um turbilhão afunda-se na injustiça invertebrada. Seres de palavras urdem promíscuos arrazoados  obscuros. A mentira sobrevoa as mentes dominadoras e seres plastificados reciclam-se a cada instante. 
Traz-me os dias claros que a revolta já domina e as manhãs de orvalho crescem no rumor da bruma.

Ana

8 comentários:

São disse...

Amiga, assino contigo, se me permites!

Abraço fraterno

Rogério G.V. Pereira disse...

Há coisas que tanto gostava tê-las eu escrito

(estás na lista, um destes dias...)

Zilani Célia disse...

OI ANA!
QUE ESTES SERES QUE HORA QUEDAM-SE PLASTIFICADOS PELA REVOLTA E DESFALECEM PELA LUTA NÃO TRAVADA, SE LEVANTEM E CONSIGAM A BATALHA DOS SONHOS, ONDE SÃO ACUDIDOS PELOS ANJOS E DELA SAIAM VENCEDORES.
LINDO TEU POEMA.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/ClickAQUI

Andradarte disse...

Grande inspiração....Uff...
Adorei a pintura
Beijo

Bípede Implume disse...

Querida Aninha
Os dias claros que tanto queremos ainda estão longe, infelizmente.
Resta-nos esperar pelos outros dias claros que o calendário cumprirá.
Beijinho e boa semana.
Isabel

Petrus Monte Real disse...

Ana,

Extraordinário: o ar carregado da paisagem coexiste com a luz, clara e intensa, que nos abre a porta da esperança!
Que os céus te ouçam!

R. Vieira disse...

Que lindo!!!!


"traz-me os dias claros"

Que beleza de pedido!!!
Beijocas!!

Maria Luisa Adães disse...

E me lembrei do sol, há um ano já estava no Brasil, longe do Ártico que nos enche de marés e brumas.

"E reparei no sol
Na neblina a subir do mar
A dar-te aquele tom aveludado
A fazer-me sentir a saudade.

Continuas a ser a heroína
Dos meus sonhos de criança"...

In Arrábida, Serra, Mar e Vento

de: Maria Luísa Maldonado Adães

Abraço,

Maria Luísa