Umberto Eco partiu e, na minha caminhada absorta, aquilo que
mais estranheza me causou foi o facto de ele já ter completado oitenta e quatro
anos - Tempus fugit. Quem fez o meu percurso, conhece-o
especialmente pela sua proposta teórica de 1976 a propósito da teoria do signo
e da Semiótica. A sua definição é fascinante, até hoje: estuda tudo
quanto possa ser usado para mentir.
Assoberbada pelo trabalho, ausente do blogue e da vida em geral, entregue aos
outros, mais frágeis e velhos, até à exaustão...aborrece-me esta comunicação
social leviana e fútil que parece não saber olhar e fala assim do mestre do
OLHAR! Reduzido ao romance O Nome da Rosa ou
encaminhado para o filme que se aproveitou do livro escrito, Eco parte da
imprensa portuguesa. Indigência daquilo em que nos tornámos.
Ninguém é obrigado a conhecer a obra do professor e ensaísta,
mas o jornalismo tem o dever de informar para lá da superfície. Suspeito que
alguns jornalistas nem leram o romance que citam...
7 comentários:
"os jornais não estão feitos para difundir, mas para encobrir notícias"
Umberto Eco, in "Número Zero"
"koltura" de Wikipédia...
e já não e mau! rss
beijo
....acredito no que diz, em respeito a jornalistas....
Neste assunto estou fora,mas outros há que confirmo...
Boa semana
Beijo
O jornalismo português, minha amiga, deixou de existir!
Pensar dá muito trabalho e a cultura não interessa a muita gente...
Abraço, Ana, e feliz semana - esperando que possas regressar em breve ao blogue
Tens razão, Ana. O jornalismo que temos só valoriza aquilo que não tem interesse nenhum...
Um beijo.
Mas ainda temos jornalismo?
A Humanidade perdeu um Coração e um Cérebro.
Beijos e boa semana.
Amiga Ana, espero que encontres sempre essa força dentro de ti para denunciar o denunciável.
E que continues com coragem para cuidar os que precisam de ti.
Um beijinho amigo
Fê
Enviar um comentário