Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

ESPERANÇA [POEMA DO FIM DO ANO]



Jim Warren





Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenes
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...


© MARIO QUINTANA
In Apontamentos de História Sobrenatural, 1976






7 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

O Mário Quintana é meu irmão

Majo Dutra disse...

~~~
Estamos em sintonia, minha querida amiga.
Também escolhi este poema para o Ano Novo.
Que a esperança nunca nos falte, assim
como força pela interminável luta pelos
Direitos Humanos.
Beijos, Ana.
~~~~~~

Existe Sempre Um Lugar disse...

Feliz ano de 2017 com a concretização de todos os sonhos,
AG

Bípede Implume disse...

Querida Aninha
Feliz Ano Novo com muita felicidade e esperança.
2016 está no fim, como sempre faço olho em frente, lá está, com esperança e muita determinação.
Lindo poema. Já estava com saudades...
Beijinhos de muita amizade.

Mar Arável disse...

Tudo pelo melhor
nos sonhos acordados

Bj

Graça Pires disse...

Gosto do Mário Quintana. Gosto deste poema tão feito de Esperança. Que ela não nos falte...
Um ano muito Bom, Ana.
Um beijo.

CÉU disse...

Olá, Ana!

Começaste bem o Ano? Com saúde, é o principal.

Não conhecia este poema de Mário Quintana, mas achei-o delicioso e mto a propósito, embora eu seja mais otimista que ele e k tu.

A esperança nunca findará. Definhar-se-á, por vezes, outras morrerá mesmo, para voltar a viver, outra vez (desculpa o pleonasmo, mas deu-me jeito, aqui, na frase).

Beijos e um Bom Ano Novo, feito sobretudo por nós.

PS: a imagem, que encima a tua publicação está uma doçura!