Alto Alentejo, 2018 |
Cruzo a planura. Dispersas, as vidas, alcantilam-se nos ermos. Ondulam, rubras as frágeis papoilas. O tempo, que me foge, corre e encurta o que resta do caminho. Parece-me que estamos de regresso...como nas antigas casas dispersas, deste meu mundo, só a telefonia - sim, chamemos-lhe assim - me traz os ecos de um mundo que fervilha. Sei que, não longe, se atropelam nas ruas ignotos seres que se ignoram uns aos outros. Aqui, vou saudando os desconhecidos que cruzo na distância e a resposta é efusiva. É bom estar aqui, mesmo quando a consciência do mundo nos atropela.
(Trabalho excessivamente...já se sabe.)
Ana
(Trabalho excessivamente...já se sabe.)
Ana