Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Portugalidade

 

Rob Gonsalves, «Retrato da Comunidade»


Nota breve no tempo que me foge: morreu Eduardo Lourenço, o pensador onde enformei muito do que penso, no mesmo dia de Dezembro em que morrera a minha querida avó Ana, construtora inicial da mulher que sou. Estranha coincidência. Feliz coincidência. Duas longas vidas, plenas e rectas. 


« Era convicção funda(e, sem dúvida, fundada)da maioria dos intelectuais portugueses, a de supor que uma certa cultura e, sobretudo, a respiração normal dela, era um manjar celeste para a nossa pobre mesa de eternos provincianos.» 

                                  Eduardo Lourenço, Labirinto da Saudade, pág. 175

 

11 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Luz e Paz para a sua alma.
O país está mais pobre.
Abraço e saúde

chica disse...

Grande coincidência nessas duas importantes perdas pra ti! beijos, fica bem, chica

Fê blue bird disse...

penso querida Ana que não há coincidências mas sim a leitura perfeita dos presentes da vida.
morreu um mestre !!!
o meu tempo também é roubado para estar por aqui, mas gosto!

um grande beijinho

Rajani Rehana disse...

Fabulous blog

Edum@nes disse...

São as leis do destino, que determinam as regras. Às quais todos temos que obedecer.

Com saúde, amiga Ana, continuação de boa semana, Beijinho.

Mar Arável disse...

Não deixemos morrer os nossos mortos
Bj

Rogério G.V. Pereira disse...

Ana, percebo porque te chamas Ana

Quando a Eduardo Lourenço
rebusca na tua infância
se não deves mais
a quem julgaste gigante
(eu nunca me julguei provinciano
e nunca neguei o saloio que sou)

alfacinha disse...

Compartilho da sua dor
bj

Majo Dutra disse...

Chamar-se provinciano, é humildade de mais...
Porém, sei da nobreza das suas convicções.

Uma homenagem sentida, expressiva e valorosa ao pensador.
Desejo-lhe uma paz profunda.

Bom fim de semana, querida Ana. Beijinhos.
~~~~~

Graça Pires disse...

Mais um dos nossos grandes pensadores que nos deixa. Portugal vai ficando mais pobre. É o que eu sinto. Também eu o lia e vou continuar a lê-lo. Não vai morrer dentro de mim.
Uma imagem muito significativa.
Uma boa semana com muita saúde, Ana.
Um beijo.

Olinda Melo disse...


Eduardo Lourenço, grande na sua sabedoria
e talento. Ficámos mais pobres, não
há dúvida.

Beijos
Olinda