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Cá de casa - Ana |
Talvez as rosas nos ensinem a lição mais simples. Quarenta e dois graus de mais um dia que ferve rondam a casa branca que, quase meninos, sonhámos construir. Formigas, paradoxalmente sonhadoras, ousámos o ciclópico labor. Moldámos, no esforço, aquilo que ainda somos.
Lá fora, tu consegues trabalhar... eu refugio-me na "fresca" da casa, como por aqui se diz. Vou lendo, lendo, lendo.
Maria Zambrano, a filósofa espanhola, pareceu antever este tempo desde os finais da Segunda Guerra Mundial.
"A objectividade, enquanto durar o império da máscara, eclipsa-se, como se o homem não estivesse nesse nível vital em que a luz havia sido de toda a cultura ocidental." (p. 123).
Desde a primeira página nos é dito que a Europa está em decadência. Hoje, parece uma redundância vir aqui dizê-lo!
Laboras, com infinda paciência, sob um calor abrasador, mas aquilo que fazes e me vens mostrar como menino que espera um elogio, recorda-me bem de quem és! Ainda bem.
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