Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Antero de Quental, poeta açoreano

Antero de Quental moldou o meu carácter, desde a adolescência. Gostava de recitar os seus sonetos e de pensar a semântica apelativa das suas ideias...
Gosto de lê-lo, escutando o chamamento fraterno e intemporal.



A um poeta
**
Tu, que dormes, espírito sereno,
Posto à sombra dos cedros seculares,
Como um levita à sombra dos altares,
Longe da luta e do fragor terreno,

***
Acorda! é tempo! O sol, já alto e pleno,
Afuguentou as larvas tumulares...
Para surgir do seio desses mares,
Um mundo novo espera só um aceno...

***
Escuta! é a grande voz das multidões!
São teus irmãos, que se erguem! são canções...
Mas de guerra... e são vozes de rebate!
***
Ergue-te pois, soldado do Futuro,
E dos raios de luz do sonho puro,
Sonhador, faze espada de combate!

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Antero de Quental

http://www.citi.pt/cultura/literatura/poesia/quental/

http://faroldasletras.no.sapo.pt/sonetos_antero_de_quental.htm

1 comentário:

dubaibilly disse...

Obrigado visitando meu Web site. Eu sou feliz que você pensa que meu gato é bonito.

Dubaibilly