Jorge Guinle, Belo Caos
Invenções de Orfeu
Canto III
Poemas relativos
I
Caída a noite
o mar se esvai,
aquele monte
desaba e cai
silentemente.
Bronzes diluídos
já não são vozes,
seres na estrada
nem são fantasmas,
aves nos ramos
inexistentes;
tranças noturnas
mais que impalpáveis,
gatos nem gatos,
nem os pés no ar,
nem os silêncios.
O sono está.
E um homem dorme.
Jorge de Lima (poeta brasileiro)
midiacon.com.br
14 comentários:
Lamantar,sofrer e aprender,as vezes é assim que se faz o caminho.
carinho e afagos
Minha querida Ana
Lindo poema...adorei.
Deixo um beijinho e o meu carinho.
Sonhadora
Aninha,
estamos mesmo assombrados por aqui com tanta chuva e caos. Aqui no Rio as chuvas diminuíram um pouco, mas os transtornos em nossa vida diária são imensos. As piores consequências foram em Niterói. A perda deles dói em cada um de nós... Rezemos por eles.
Certa vez escrevi sobre Invenção de Orfeu, o poema é um enigma forçado, um acervo de erudição, um universo babélico mais para ser sentido do que entendido, um alucinado subjetivismo. Jorge de Lima não me encanta e não entendo a razão, ainda e haja vista o belo soneto "O Acendedor de Lampiões" e um ou outro mais.
Já mandei vir o livro x:) Mas ainda não chegou! Beijinho
Super bem escolhido o poema para ilustrar esse momento de tristezas imensas! :( Beijus,
Querida Aninha
Como sempre a tua sensibilidade a nos guiar.
Bom fim de semana, amiga, e faça o favor de tratar bem desse resfriado. A minha Sandra também está assim. Parece que combinam.
Beijinhos.
Isabel
Ana: o poema q vc escolheu foi muito bem pinçado. Meu lance é de implicância mesmo com Jorge de Lima; não se a razão, repito.
Mas foi bem pinçado para a ocasião.
valeu! Bjo.
Ana,
Depois desta grande ausênci vim encontrar um poeta que desconhecia e que me encantou... também o Caos do Guinle... tudo novo para mim.
E a fotografia que nos remete para tanto sofrimento, Ana!
Obrigada por este post, minha amiga.
Beijinhos
Há momentos assim, em que o sono é o único alento. Mal se abrem os olhos e outra vez caos e sofrimento... Gostei muito deste poema e do contexto, Ana. beijo, boa semana.
A natureza tem regras.
Tolera mal certos avanços dos homens que, vítimas das suas contigências, se expõem a desafios «desequilibrados»
Constuir e viver num morro é um risco tremendo.
A tragédia que se abateu sobre aquela gente não tem maneira de ser dita, apenas lamentada.
Excelente edição, Ana.
Bjs
Ana,
Adoro Jorge de Lima! Belíssma escolha! Muito grato!
Abraço forte,
A. Nunes.
A noite tudo dilui, é quando as imagens me vestem....
Belo poema do Jorge de Lima.
Um abraço, Ana.
A invenção de Orfeu é meu livro de cabceira neste momento. Aliás, é meu guia. Levo-o a qualquer lugar para me deixar guiar nas naus criadas por Jorge de LIma. Essa obra sria o nosso Lusíadas.
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