Por estes dias de muito calor, resta-nos trabalhar no recolhimento do sol, quase de forma meditativa. Tudo fica lasso: a realidade em volta, o futuro, a folha «excel» interminável... A comida é, agora, frugal para dias longuíssimos de águas sem fim e dias de mar. A presença quente da planície pobre, abandonada a safras antigas de lendas descobertas e de mistérios desvendados, enreda-nos em teias de súbita solidão. Pássaros atordoados esvoaçam sem norte.
De noite vivemos. Procuramos o conforto da identidade. O vento suão tem troado, perturbado, confundido as ideias exactas. Até nós chegam vozes do Mediterrâneo, pátria ancestral e origem. Ouvimos. O anfiteatro ao ar livre voa para para outras geografias.
Ana
10 comentários:
Creio que isto tem a ver com 250 anos de Oeiras???...São as Festas de Verão
da autarquia.....
Um cartaz muito cultural...
Beijo
Não conhecia a dimensão deste Festival..
Uma Organização e tanto.......e música com critério, ao olhar para o Cartaz.
Não só Ponde de Sôr, ou Oeiras...mas estende-se muito para além fronteiras.
Cartaz muito explicativo....
Vou dar mais uma volta.
Beijo
Belíssimo texto.
Gostei imenso, como sempre...
Beijo, querida amiga.
Querida Aninha
Um texto sempre com a tua inconfundível sensibilidade.
Também gosto de ser tranportada, pela música, para outros lugares.
Também estou a precisar de férias.
Beijinho
Isabel
Querida Ana
Cheguei agora a mais esta etapa...
Gostei do texto e daquilo que nos deixa entrever. Dias ao Sol e ao Sul...Lindo!
Beijo
olinda
Querida Aninha
Beijinho para desejar um fim de semana cheio de paz e muita felicidade.
E já agora continuando o desfilar dos nossos veículos. O meu primeiro e único duas rodas, foi também uma Vespa. Fazia "longas" viagens até à Foz do Arelho. Que saudades.
O meu devaneio naquele post iria para um clássico (uma maneira mais elegante de lhe chamar velharia) e nunca as novas versões, já um pouco incaracterísticas.
Mais beijinhos
Isabel
Querida amiga Ana, tem um bom fim de semana.
Beijo.
Amiga:
Deduzo que mesmo em férias tens que trabalhar ;(
Lamentavelmente nunca assisti a este Festival e afinal fica aqui tão perto.
Beijinhos e boas férias
Bem...
Cá para mim fica longe!
Mas se se estende
para além fronteiras...
talvez chegue ao Algarve!
Rs rs rs rs rs
Bjsss
Voamos para outras geografias, Ana, para o território íntimo onde nos embala o mar do recolhimento. Belo texto, minha amiga. Abraços.
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