Frio e luminoso mês de Janeiro
Em que as trevas assolam o país,
Horizonte largo de brilho derradeiro
Onde a Justiça se confunde na raiz.
Frio ardiloso e este sol rotineiro
Que pisa a herança da sua matriz.
Sonho largo, abraço verdadeiro,
Afecto, linha pura que sempre quis.
Ergue-te e vela, a tirania espreita!
Ergue-te e sonha o largo horizonte
No moribundo país que se estreita!
Além na colina e aqui neste monte,
Tua coluna frágil, moldável, endireita
E olha em frente da tua recta fronte!
Ana
16 comentários:
Parabéns pelo soneto....Adorei
Beijo
o frio que vem da serra
branca
um sopro de vento...
caliente que abraça...
um frio em janeiro
como diz o povo sobre o frio: "é tempo dele..."
a pinga vai ser boa com estas geadas...
abrazo serrano
Belo e expressivo soneto que incentiva um país, moribundo e que se estreita no espartilho da tirania e da [in]justiça, a reerguer-se contra a tocaia que o espreita.
Bj
J
«Frio e luminoso mês de Janeiro
Em que as trevas assolam o país,
Horizonte largo de brilho derradeiro
Onde a Justiça se confunde na raiz.»
Retirei do teu poema esta quadra mas todo ele revela o "frio" que assola o nosso país.
Nem sei se algum dia tornaremos a nos aquecer.
beijinhos minha amiga
BOA TARDE MEU QUERIDO PORTUGAL.
O frio e a neve tão famosa desse Pais tão amado por mim hoje somente a lareira aquece o corpo desse povo amado.
No Brasil uma grande enchente levando vidas e vidas através da enxurrada .
As pessoas do morro que antes moravam perto do céus.
Hoje subiu muito mais estão junto com Deus.
Um feliz final de semana beijos no coração.
Evanir
O sol...o sol
O sol, poeta
Põe-me mole
Já me devia ter levantado
mas permaneço inerte. Acocorado
...e o frio congela a realidade
Frio de Janeiro, que nos deixa sempre de manhã congelados, sem vontade de nada. :)
Sempre espectacular. beijinhos
Gostei, como sempre… pareceu-me “sentir” uma breve esperança na parte final…
Adorável soneto o que nos ofereces, linda.
Bem hajas!
Adorável soneto o que nos ofereces, linda.
Bem hajas!
Sempre belo, por aqui...
Para mim Herberto Hélder é espantoso e o único escritor que me preenche por completo.
Beijinhos
Querida Aninha
Pois é, os poetas têm esse condão de nos acalentar a alma.
Neste raio de sol, que é o teu soneto,sinto que ilumina o meu fiozinho de esperança.
A mudança está feita...uff. Ela é uma resposta à crise. Não é ela que nos vai vencer. Para isso temos que arranjar alternativas com menos custos.
Vamos ver se dá certo.
Um fim de semana,em paz.
Beijinhos.
Isabel
Frio ...cada vez mais nú este país...devorado pela fome...pela estupidez de alguns..
Lindo o soneto...
Bj
Belíssimo blogue o teu, Ana. Do Alentejo, dessa terra de sonho, só pode vir algo de muito bom mesmo.
O Alentejo é mesmo uma paixão.
Cpts.
Minha querida
Maravilhoso o teu poema...e muito bela a pintura que o acompanha.
Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora
e o carro de manhã que me está a dar quase trabalhos
geada...
abrazo serrano
Enviar um comentário