Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Já deveria ter dito




Poderia falar das ausências, do excesso da Luz, das infinitas páginas lidas, do trabalho excessivo...mas, essa é a riqueza da vida, na busca infindável que o Tempo nos concede.

Fica apenas a verdade: o cristalino teve que ser substituído e isso me tem afastado destes lugares.

Vou regressando...

Bom fim-de-semana, meus amigos!



sexta-feira, 17 de julho de 2020

Com o Sol a prumo


Alentejo, Rádio Campanário




Com o Sol a cair-nos sobre a cabeça, cá vamos vivendo. Temos a consciência dos dias árduos, das súbitas madrugadas que rasgam as janelas abertas com um fresco ar de noroeste e deste silêncio que se abate sobre os corpos lassos.
Este é o lugar que amamos. Nele, os extremos moldaram a natureza dos homens e relativizaram a acidez de cada momento. Nele, forjámos o carácter de que nos acusam, mas que nos identifica e nos torna capazes de não desistirmos nunca. Nele, a eterna juventude que uma sociedade de plástico vendeu, nunca vingou - nós amamos os velhos! Eles são a sageza e a memória dos tempos - ainda os ouço na soleira da porta da minha infância, quando esperávamos a frescura das noites longas de outros tempos tórridos!
Somos assim, orgulhosos de o ser, numa raiz velha de tantas misturas de povos que por aqui passaram - bastardia que não tolera a injustiça, ainda que disfarçada de alguma veste solene.
Agora, aqui estamos, ao dispor do que virá. Chama-lhe destino, divindade, ou pandemia, ou crise. Agora, aqui estamos e lutaremos! 



Ana