Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

segunda-feira, 14 de março de 2022

Autocrator

 

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Já no declínio do Império Romano, naquilo a que gostamos de chamar Império Bizantino, o imperador irradiava o seu poder indiviso e designa-se por Autocrator – palavra de origem grega que significava a centralização de todas as tomadas de decisão se centralizarem num indivíduo. Nesta matriz de poder unipessoal e absoluto, a Igreja submete-se ao autocrata.



A queda de Constantinopla (Fonte: Conhecimento Científico)


Quando o Império Bizantino caiu (1543) e, finalmente, acreditamos ter saído da Idade Média, outros impérios surgiram e novas idades médias se instalaram. A sedução do modelo autocrático de Bizâncio prolongou-se no tzarismo russo.  



Síria (11 anos depois)


As diversas formas de totalitarismos têm em comum esse olhar que vê nos povos a servidão medieval do seu senhor. Temos a obrigação ética de olhar em volta. Crescemos a ouvir falar das guerras, a olhar as guerras...como poderemos projectar o Futuro?



Somália


Como poderemos reconstruir o ser humano que emerge dos escombros, da propaganda, da banalidade envernizada...em que nós mesmos nos afogamos?
Que herança deixaremos aos vindouros?



Iraque (13/3/2022) Um dos edifícios atingidos pelos mísseis iranianos AZAD LASHKARI/REUTERS


Nota: um dia de 2019, subi aos Montes Golã. Disso aqui dei notícia.

10 comentários:

Maria João Brito de Sousa disse...

Nunca subi aos montes Golã, mas também trago em mim a condição do ser humano que sabe aquilo que a vida lhe tem ensinado, Ana.

Temíveis são os escombros e a "banalidade envernizada"!


Um beijo

chica disse...

Tristes os homens que se creem superiores, mais poderosos que os demais. Triste guerra essa de agora e todas as demais! beijos, chica

Elvira Carvalho disse...

Todas as guerras são injustas e incompreensíveis.
Abraço e saúde

J.P. Alexander disse...

Reflexiva entrada la guerra es un mal que como dice la canción no debemos ser indiferentes y luchar por la paz y la igualdad. Te mando un beso.

Mariazita disse...

A ganância ilimitada de uns quantos produz estes efeitos nefastos.

Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

São disse...

Minha querida amiga, a guerra é um monstro que devora tudo : vidas, bens, sonhos, ....

O teu texto é uma bela reflexão que subscrevo.

Dos meus 72 anos tenho guardada muita experiência, muita dor e muitissima compaixão por todas as vítimas .

Estreito abraço, Ana!

Majo Dutra disse...

Excelente reflexão sobre a guerra...
Há sempre ódio e desejo de domínio, de subjugar ou aniquilar...

Putin é amigo pessoal dos líderes da igreja ortodoxa russa, partilham a sauna,
acepipes finos e grandes almoçaradas...
Creio que eles têm conseguido alguma contenção na ofensiva de Putin.

Por muito menos, os aliados invadiram o Iraque... A OTAN provocou e abandonou...
Nós estamos por um triz -- que não caia nenhuma bomba na Polónia!
Beijinhos
~~~

Olinda Melo disse...

A devastação que começa e acaba, acaba e recomeça,
numa roda incessante que ameaça engolir a humanidade.
A História repete-se. Com os nossos avançados conhecimento,
tecnológicos, muita filosofia de vida, muita psicologia
aplicada, e vamos a ver não nos serve de nada ou quase nada...

Excelente este teu texto, querida Ana, muito bem ilustrado.

Beijinhos
Olinda

Jaime Portela disse...

Autocracia mais loucura é o que acontece a Putin...
Excelente post, uma boa lição de História.
Continuação de boa semana, amiga Ana.
Um beijo.

Graça Pires disse...

O ser humano não tem aprendido nada ao longo dos tempos. Se pensarmos nos imensos conflitos que se propagam pelo mundo sem qualquer justificação, sem qualquer legitimidade, ficamos com a certeza que a guerra é "quase um vício" adquirido pela humanidade, onde não se respeita nada nem ninguém. É uma reflexão sobre a guerra, o que nos trazes aqui. Mas nenhuma justifica a outra, nem o que se está a passar na Ucrânia. A loucura dos homens não tem fim à vista.
Muita saúde.
Um bom fim de semana.
Um beijo.