Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

sábado, 29 de outubro de 2022

Desconstrução

 

Mikki Senkarik


Chove...

na lama os Homens atolam-se

e clamam!


Dura...

a loucura emerge das trevas

e derrama...

A ignorância suicida, trucida

os Homens!

Chove...


Nos sonhos, partiram pela lama,

Os Homens!


Ana




Nota: O uso original de Derrida da palavra "desconstrução" foi uma tradução de Destruktion , um conceito da obra de Martin Heidegger que Derrida procurou aplicar à leitura textual.

18 comentários:

chica disse...

Ah,os homens... Bela poesia e reflexão nela! Adorei a pintura também! Ótimo fds! beijos, chica

Rogério G.V. Pereira disse...

E nem o regresso do sol
intenso, quente e luminoso
permitirá
tal reconstrução

A menos que os Homens recuperem a razão

Maria João Brito de Sousa disse...

Bela, esta duríssima DESCONSTRUÇÃO.

No entanto, a minha descrença na invencibilidade dos amores a dois - bem documentada e alicerçada em aço - é tão forte quanto a minha crença no sonho e no Amor, num conceito bem mais abrangente.

Um beijo, Ana!

Janita disse...

Olá, Ana!

Após deliciar-me longamente com a bela pintura, li o seu excelente poema.
Depressa subi de novo e repousei o olhar nesses belos tons lilás.
Os Homens...sempre eles a roubar-nos o encanto e enlamear a nossa alma...

Beijinhos e bom Domingo.

Elvira Carvalho disse...

Bela e delicada pintura. Belo e duro o poema.
Abraço, saúde e uma boa semana

Graça Pires disse...

Sem desconstrução, nós somos lama e percorremos os caminhos confundindo-nos com ela.
Gostei muito, tanto do poema como da imagem, Ana.
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.

Majo Dutra disse...

O poema é excelente!
Cru, mas ainda assim, é uma imagem poética dos dias incríveis presentemente vivenciados pela humanidade!...
Assistimos dilacerados intimamente, por não podermos ajudar...
Beijinhos
~~~~

J.P. Alexander disse...

Me encanto el poema . Muy profundo los hombre seguimos matando y destruyendo todo al paso. Te mando un beso.

Jaime Portela disse...

E há cada vez mais lama onde tantos se atolam.
E nem é preciso que chova...
Excelente poema, os meus aplausos de mãos sequinhas...
Continuação de boa semana, amiga Ana.
Um beijo.

Guma disse...

Dos Homens, tudo se espera e o pior que deles vem, nem no lamaçal de horrores, mentira e impunidade vai atolar e por aí ficar. Infelizmente sempre foi e assim será.
A parte boa: A imagem é um encanto, o poema toca a sensibilidade.
Kandando / Beijinho Ana

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Ana

gostei da imagem e achei o poema cru e real.

obrigada pela visita.
beijinhos
:)

Luiz Gomes disse...

Boa tarde Ana. Obrigado pela visita e carinho. Bom final de semana com muita paz e saúde.

Manuel Veiga disse...

gostei muito das palvras que usas com mestria

beijo

São disse...

Subscrevo o comentário de Jaime Portela.

Abraço para ele e para ti.

Juvenal Nunes disse...

Não será o melhor caminho para caminhar, a lama.
Reverter a desconstrução pode ser a melhor solução.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes

Olinda Melo disse...


A Humanidade tem momentos de grande inspiração
em que avança e, por outro lado, tempos de
horrores em que mostra o pior de si.
É a nossa sina. O bem e o mal, o lado solar
e o lunar. Carregamos em nós esse estigma.
Uns mais que outros.

Um poema que nos põe em sentido.
E reflictamos sobre o caminho que percorremos.

Beijinhos
Olinda

Luiz Gomes disse...

Boa noite minha querida amiga Ana. Desejo uma excelente quarta-feira.

Mor Düşler Kitaplığı disse...

Thanks for sharing. Have a good day :)