Não resisto a vir-vos apresentar o Compadre Zé!
Incisivo e, às vezes ácido, senhor de sabedoria e observador do mundo que nos rodeia...voz necessária!
Aqui vos deixo a porta de entrada.
Sou-vos grata pelos comentários e votos. O meu primeiro tratamento acontecerá na próxima semana. Até lá, o mundo continua distorcido...
Conversas do compadre Zé
Metendo conversa...
No espaço dos países do sul da Europa (de influência mediterrânica) a origem do culto remonta às religiões primitivas e, dizem os críticos, constitui metamorfose de outros cultos originários. Assim, a origem do culto do feminino segura as suas raízes populares entre olivares e vinhedos e evoca: Isis, Atenea, Cibeles, Astarté... Sincretismos da Grande Mãe.
A deusa, a Mãe, preenche o imaginário dos homens, na forma idealizada da mulher! É a Senhora, nunca a “virgem”, adorada entre antas e menires, a guiar riachos e a proteger caminhos milenares.
O seu rosto sofreu a deformação da História, porque a política e a religião constroem-se sobre a mesma matriz – da hierarquia e do poder. Assim, consoante os interesses em jogo, o culto a Isis sofreu matizes e acentuou traços: a dedicação, a claridade, o sacrifício abnegado pelo filho… Isis, a Luz do Mundo, a deusa dos mil nomes, encerra na sua simbologia uma severa contradição para a ideologia cristã. “Senhora dos Prazeres”(?!) , tantas outras, num absurdo que o cristianismo não conseguiu substituir..
Ísis é uma deusa da luz, zelosa com todos, sejam escravos ou nobres, pecadores ou sagrados, governantes ou governados, homens ou mulheres. Ela olha por todos com o mesmo empenho protector, a mesma solicitude, exercitando assim a sua natureza radicalmente maternal e fértil.
Lúcifer é o portador da luz, a estrela da manhã. A palavra Lúcifer vem do latim lux, que significa luz, e ferre, que é levar, transportar. É, portanto, o portador da luz, ou ainda a estrela da manhã ou filho d'alva desde antiguidade egípcia e clássica. A tradição cristã conhece o nome Lúcifer como o anjo caído que também é conhecido como Satanás. Esta concepção foi criada pelo putativo “São“Jerónimo ao traduzir de forma grosseira a Vulgata, a Bíblia em Latim, no século 4 d.C. – é o diabo.
Compadre Zé
(Algo desformatado...a merecer que aceitem o convite...)
3 comentários:
Ana, fui até lá e gostei muito de ler! Ótima indicação!
beijos, tudo de bom,chica
Olá, Ana!
Fiquei muito contente por te ver pelo Sul Sereno, embora não venhas ainda de vez.
Fizeste bem em nos apresentar o Compadre Zé, espero estar à altura de um diálogo com tão erudito compadre. Já por lá andei e botei palavra.
Que tudo te vá correndo de feiçâo, Ana.
Saúde e tudo pelo melhor.
Beijinhos.
Obrigada, Ana, por nos apresentares o Compadre Zé. Vou ver se o visito com tempo.
Tudo de bom.
Uma boa semana.
Um beijo.
Enviar um comentário