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Correm velozes os dias quando terminam os trimestres escolares e a Primavera boreal desperta no coração de adolescentes que esvoaçam na luz destes dias claros. Sinto algum cansaço afogado em dias longos de noites breves. Regresso à memória e teço-a de recordações miudinhas, dessas que só começamos a ver com nitidez quando anos se acumulam na vivência de tempos e lugares. Cicatrizes da vida, rugas das emoções depuradas.
A tirania de «e-mails» atormenta e sustenta o meu trabalho diário. Novos tempos, velhos métodos. Por entre a aridez rotineira percebo, suavemente, oásis de Amizade. Distantes ou próximos, globalizados ao instante, os ecos de encontro e de afecto não precisam do rosto, pois são encontros da essência humana a que pertencemos.
Hoje foi a vez do Fernando Campanella - poeta, professor, fotógrafo do pormenor e da vida - ser um desses oásis. Obrigada por me escolheres, neste lugar de muitos, com a distinção que ora aqui deixo.
Na mesma «caixa», a abarrotar de mensagens, a Ana Lúcia Franco também chegava para me notificar. Obrigada, Aninha, por seres tão criativa como suave e cheia de afectos!
Por causa desta união na distância, por causa dos dias que correm e vivo, deste lado do mar, vou «roubar» um pouquinho do poema de Ana Lúcia e desafiar os meus alunos blogueiros a levarem com eles o prémio aqui exposto. Merecem, pois pertencem a uma estirpe que ainda luta pela fraternidade e se recusa a ser parte daqueles que a poetisa descreve:
Por causa desta união na distância, por causa dos dias que correm e vivo, deste lado do mar, vou «roubar» um pouquinho do poema de Ana Lúcia e desafiar os meus alunos blogueiros a levarem com eles o prémio aqui exposto. Merecem, pois pertencem a uma estirpe que ainda luta pela fraternidade e se recusa a ser parte daqueles que a poetisa descreve:
«Os filhos do caos
eternas crianças
sem leito e sem
peito:
é que lhes falta o mundo
nas veias.»