Tomba esta chuva fina que tudo encharca. Estrangeiros na nossa terra subvertemos o tempo adiado. Os homens bons partiram e foram morrer algures. Outros ficámos, permanecemos para fitarmos uma realidade especular. Todos os dias me chegam os ecos de mais um sonho desfeito, de mais uma tirania sem nome.
Eu tenho de mister a esperança. Pesa-me, todavia, o que se espera do meu olhar. Dói-me a injustiça do inominável. Aprendi no silêncio longínquo da planície que todos os humanos têm o timbre puro da sinceridade.
Quero as vozes de um plural livre e justo. Não ouse esta chuva marejar o teu olhar!
Ana
6 comentários:
Tem dias que me doi tudo
mas resisto a todos os olhares
mesmo que chovam belos relâmpagos
Os sonhos estão a ser destruidos, sim.... mas os tiranos têm nome Ana.
Beijinho
Ana: tenha uma Páscoa plena de paz. Um beijo enorme para vc e os seus.
Não ousará, e a chuva não tem culpa...
Amiga minha, neste momento caem trombas de água nos corações que anseiam por justiça!
Um abraço grande com votos de que a Páscoa sej ade renovação e (te) traga muitas e doces surpresas.
Espetacular. Tuas palavras são de uma clareza que ofusca. Voltarei
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