Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Provisórios


Rafal Olbinski



Provisórios são estes dias
no fulgor incendiado de Setembro
e os homens inquietos em agonias
sonham já os frios de Novembro
E correm sôfregos de vento
na brisa que suspende este pó
onde se sentam a medo e sem magias
ninfas caídas de um ido tempo
provisórias e suspensas deste nó

Ana

19 comentários:

chica disse...

Lindo poema, Ana! Bem atual...Assim são nossos dias provisórios...Estamos sempre algo esperando... Gostei da imagem também! bjs, chica

alfacinha disse...

As palavras criam um poema belo
beijo

Olinda Melo disse...


Tudo provisório. É o que se sente no ar
e nas coisas concretas.

Belas palavras, querida Ana, que interpretam
tão bem o sentir de todos nós.

Beijinhos

Olinda

Luiz Gomes disse...

Boa tarde Ana obrigado pela palavra especial.

Luísa Fernandes disse...

Olá Ana!
Um belo poema, assim se formam as palavras
e delas se fazem frases poéticas variadas.
Gostei imensamente.
Beijinhos de boa noite e ótimo Domingo.
Luisa

silvioafonso disse...

Eu rabiscando as minhas
bobagens e você filosofa
como os grandes mestres.
Você ótima, minha amiga. O
que seria de nós, seus amigos,
sem a sua palavra, hein?
Aninha, um beijo desse tamanho,
oh!

Rogério G.V. Pereira disse...

Ana, cuidado
Outubro faz parte do calendário

... e é o mês de todas as utopias

Juvenal Nunes disse...

O outono arrasta consigo um adormecimento, que confere às árvores um estático porte espectral.
Abraço.
Juvenal Nunes

Maria João Brito de Sousa disse...

Belíssimo poema, Ana!

Que não há coincidências, diz-se... mas eu garanto-lhe que só agora, depois de publicado o meu soneto de hoje, leio este seu poema.

Forte abraço!

São disse...

Retratas a dificil actualidade num poema que muito me agradou, Ana!

Que tudo te corra sem desvarios tanto pessoal como profissionalmente.

Grande abraço

Graça Pires disse...

Somos tão frágeis, tão breves. É tudo provisório. Tudo excepto o amor que dedicamos à vida mesmo sabendo que também ela nos dirá o lugar onde começam e acabam todas as estações do ano.
Um outono tranquilo, minha Amiga.
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.

silvioafonso disse...

Gostei muito das GATAS na janela.
Beijos e beijos, beijos.

Manuel Veiga disse...

carpe diem! que a vida é provisória, sempre...
belo, teu poema. e profundo

beijo, amiga

vieira calado disse...

Olá!

Provisórios, sim, mas é sempre o que temos...

Há que aproveitá-los...

Saudações poéticas!

Mariazita disse...

Olá, Ana
Voltei da minha segunda e última fase de férias deste ano.
Felizmente correu tudo muito bem, visitei sítios maravilhosos, e constatei, uma vez mais, aquilo que sabia de sobra – Portugal é um país LINDO!
Mas… acabou-se o que era doce 😊. No próximo ano haverá mais, assim o espero, e talvez que em condições mais favoráveis.
Regresso, pois, e confesso que com muito prazer, ao vosso convívio.

A profundidade deste belo poema nada tem de provisório, além do título.
Creio que cada vez mais (à medida que a idade avança?) tomamos consciência da brevidade dos dias, da inconstância dos acontecimentos, da incerteza do amanhã.
Talvez por isso vivemos sofregamente, à espera não sei bem de quê, sem sabermos se chegarão os frios de Novembro…
Adorei a imagem, de autor que desconheço por completo. Tenho de ir investigar…

Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

Ulisses de Carvalho disse...

Olá, Ana, como estás? Estive ausente do universo da blogosfera, mas estou aqui outra vez. Bonito o teu poema, o verso "no fulgor incendiado de Setembro" me fez criar, na mente, um paralelo com o que tem ocorrido aqui no Brasil em relação às queimadas no Pantanal, algo trágico, na verdade. A imagem que escolheste é bem interessante. Espero que esteja tudo bem contigo, um abraço.

Dan André disse...

Boa tarde, amiga Ana.
Navegando pelos blogs de amigos em comum, encontrei o seu, e por aqui ficarei. Posso?
O corpo de sua poesia é fantástico, e faz a mente criar cenários surrealistas com as cores do outono. Assim como a vida, e as estações do ano, tudo é transitório. Deixo meus parabéns, e a certeza de dias felizes.

Abraços,
Dan
https://gagopoetico.blogspot.com/

Jaime Portela disse...

Nada é definitivo...
Um poema excelente, parabéns pelo talento que as tuas palavras revelam.
Bom fim de semana, querida amiga Ana.
Beijo.

Majo Dutra disse...

Querida amiga, estou retribuindo os cumprimentos que deixou
no meu 'post' comemorativo da amizade, do passado 30 de Julho.

Excelente poema, Ana! Magistral.
As inquietações agravam-se, as agonias intensificam-se...
Aplaudo o bom gosto na ilustração deste tempo provisório.

Bom domingo num ano letivo preocupante...
Que tudo se suceda do melhor modo possível.
Abraços
~~~