capa: El Greco, "Vista de Toledo", 1599 |
Não é uma novidade literária, mas uma leitura necessária nestes tempos de futilidade e de intolerância.
" A tempestade desaba sobre a cidade apoiada na rocha. Visão telúrica de uma cidade mítica, fronteira medieval entre a guerra e o sagrado, entre o oOcidente e o Oriente. Foi assim que El Greco a viu, em determinado momento.
Toledo de 1085. Posto avançado militar da Reconquista cristã em relação ao Islão espanhol. Ilhota de tolerância, ponto alto do saber. Um papel complexo e paradoxal.
Árabes, Judeus, Castelhanos, Francos, Moçárabes, Mouros conversos...uma população heterogénea coabita numa cidade marcada pelo Islão, pela medina de casas apertadas umas contra as outras, numa rede de ruelas tortuosas. À esquina das ruas, há igrejas que, em vez de campanários têm um minarete..."
Neste cenário, nesta ambivalência, florescem ciências. Sobretudo a arquitectura, a astronomia, a matemática, a filosofia e a medicina passam por um desenvolvimento excepcional, graças aos tradutores e aos sábios que vão revelar à Europa as obras de Euclides, Ptolomeu, Hipócrates, Galeno ou Aristóteles.
Cidade farol, símbolo de uma relativa tolerância - durante dois séculos, antes da Inquisição católica e da expulsão dos Judeus -, Toledo mostra-nos como, da mistura de culturas, brota o espírito." ( org. de Carlos Araújo/ org. de Louis de Cardaillac)
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13 comentários:
Um livro que despertou o meu interesse.
Lion Feuchtwanger escreveu o seu famoso romance "A Judia de Toledo" em 1955.
O dramaturgo austríaco Franz Grillparzer já havia escrito o seu luto histórico em cinco actos na década de 1850.
Depois disso, Detlef Glanert, um dos compositores de ópera mais tocados que vivem na Alemanha, agora tocou a história.
A actualidade é incrível.
Um livro que despertou o meu interesse.
Lembrei-me que Lion Feuchtwanger escreveu o seu famoso romance "A Judia de Toledo" em 1955.
O dramaturgo austríaco Franz Grillparzer já havia escrito o,seu luto histórico em cinco atos na década de 1850.
Depois disso, Detlef Glanert, um dos compositores de ópera mais tocados que vivem na Alemanha, agora tocou a história.
Obras unidas pela pesarosa actualidade.
Deve ser bem bom e interessante esse livro e ainda mais em tempos onde a tolerância anda rareando... beijos, chica
Mais tolerância precisa-se neste mundo. Como tudo seria bem melhor se as pessoas se dessem mais as mãos em vez das costas viradas.
Há leituras que se fazem urgentes, sim.
Beijinhos.
Gosto muitissimo de Toledo, onde morreu Isabel, casada com Carlos V .
O livro fica na lista.
A herança árabe na Ibéria é marcante e de enorme valor.Infelizmente não está tão valorizada como deveria.
Estes tempos de intolerância vão causar ainda uma tragédia maior do que a que já se está vivendo.
Minha amiga, abraço e que JUnho te seja muito agradável.
Não conheço Toledo. O livro deve ser muito interessante.
Abraço e saúde
Gracias por la recomendación. Tomó nota. No conocía ese dato de la ciudad de Toledo. Te mando un beso.
Nunca percebi como é que povos de diferentes origens e religiões não possam conviver saudavelmente.
Mas, penso eu, que as religiões foram (e ainda são) a principal causa da discórdia.
Boa semana minha amiga.
Beijinhos.
Obrigada, minha Amiga Ana pela sugestão deste livro.
Uma boa semana.
Um beijo.
Gostei do que li.
O Livro deve ser muito interessante.
Obrigada!
Boa semana.
Beijinhos
:)
Concorda que da mistura de culturas brota o espírito quando as pessoas sabem interagir pacificamente, algo que foi possível ao longo da história e que também aconteceu em Portugal.
Hoje, infelizmente, é o que se vê, com fundamentalismos exarcebados e radicais.
Abraço de paz e amizade.
Juvenal Nunes
Bom dia de Paz, querida amiga Ana!
Sim... São "tempos de futilidade e de intolerância."
E nós nos abastecemos com leituras significativas onde suscitam em nosso ser o Amor que nos salva e cura o nosso redor tão árido.
O brotar espiritual é urgente.
Tenha um junho abençoado!
Beijinhos
Nunca visitei, mas espero ter a oportunidade de o fazer em breve!
Bjxxx
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