Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Não te quero senão porque te quero


José Alves, Mónaco, 2009

Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.

Talvez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.

Pablo Neruda

José Alves, Monte Carlo, 2009


7 comentários:

Girl Khan disse...

I love Pablo Neruda's poetry and of course your photographs always touch me.

Janaina Amado disse...

Ah, grande Neruda - obrigada, Aninha!

vieira calado disse...

Os meus cumprimentos

desde o blog de astronomia.

Quanto aos miúdos, de pequenino

se torce o pepino!

Fico feliz por isso.

Dalva Nascimento disse...

Querida,

esse lirismo de Neruda, ilustrada pela foto romântica... hummmm... os ares da Catalunha lhe fizeram muito bem!!!

Beijinhos doces em ti!

Margarida disse...

Tenho "inveja" nem tanto da sua viagem, mas desse amor que vos conduz. São um casal tão bonito...
Beijinhos

ADRIANO NUNES disse...

Ana,


Lindo... Neruda e o Amor: tudo de bom!

Abração,
Adriano Nunes.

ETERNA APAIXONADA disse...

Um momento lindo registrado!
Uma combinação perfeita!
Feliz por vocês!
Beijos