Ivan K. Aivazovsky, Chaos (the Creation), 1841
Era no tempo
Em que brincava com as palavras
Sonhando cada momento...
Era um tempo perdido
De infâncias passadas
Que, às vezes, renovadas
No obscuro encantamento,
Eram nas manhãs cristalinas,
Enevoadas pelo pensamento
Que fugia...
Rebelde e indomável.
Era um tempo amável,
Frágil...
De loucos sonhos, negros e poucos!
Era a inconstância
De ser...
Era no tempo em que as palavras
Tinham atracções magnéticas e doces!
Desesperadas...
Em abismos frenéticos e húmidos.
Era um tempo por viver
E o arfar de dias desertos,
De cálidas mãos amigas
Que vieram depois...
Suaves, serenas, certas!
Dois.
Ana
7 comentários:
Ana, que sensação gostosa de poder voltar no tempo e ressentir as névoas e num exorcismo, captar o aconchego de não estar só, do reencontro da companhia serena e suave de ser 'dois'.
Aqui é feriado! Dia das crianças e de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Fim de semana prolongado, ainda! (rs*)
Boa semana! Beijus
Ana, que bonito poema! Gosto muito de poemas para crianças, e este é lindo. Saudade!
Querida Aninha
Que poema tão bonito, que nos transporta para esse tempo tão breve mas tão feliz.
E que se prolonga para outro tempo a dois, tão doce.
Espero que cures depressa a tua gripe.
Boa semana e beijinhos.
Isabel
Lindo poèma e foto fabuloso.
beijinhos, Ana.
Oh, não puxe por mim. Acho que não sei escrever sobre mais nada.
Belo poema o seu!
Beijinhos
Ana, um movimento
Poem faixa de profundidade. Obrigado!
Ana,
obrigada por este poema, recordei aqueles anos loucos da adolescência, aida o sei de cor, de tantas vezes que o li. OBRIGADA
um beijo
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