GUSTAVE CAILLEBOTTE
Em que língua se diz, em que nação,
Em que outra humanidade se aprendeu
A palavra que ordene a confusão
Que neste remoinho se teceu?
Que murmúrio de vento, que dourados
Cantos de ave pousada em altos ramos
Dirão, em som, as coisas que, calados,
No silêncio dos olhos confessamos?
Em que outra humanidade se aprendeu
A palavra que ordene a confusão
Que neste remoinho se teceu?
Que murmúrio de vento, que dourados
Cantos de ave pousada em altos ramos
Dirão, em som, as coisas que, calados,
No silêncio dos olhos confessamos?
J. SARAMAGO, Os poemas Possíveis
7 comentários:
Gosto tanto deste poema !
Beijinho
Belíssmo poema!
Bjs querida
Sempre pensei não gostar de Saramago..
Puro engano.
Adorei.
Beijo
também gosto deste poema ! Beijinho
Que beleza do meu querido Saramago.
Minha querida Ana
Um belissimo poema de Saramago.
deixo beijinhos com carinho
Sonhadora
Ana,
Lindo!
Abração,
Adriano Nunes.
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