Vaticano, José Alves |
Aquela que eu fui nunca decorou credos nem cânticos.
Cabeção, José Alves |
O descampado sempre trouxe o eco e o balir manso dos rebanhos e levou dispersas nuvens para a distância azul infinita, rasgada por aves de rapina. Aquela que eu fui vai, agora, na peregrinação íntima, rumo ao lugar onde se guardam as pedras angulares que os construtores desprezaram há muito.
Belmonte, José Alves |
Sabe que nunca chamará Deus por um nome, pois a sua divindade excede a linguagem tangível das metáforas humanas. Aquela que eu fui conhece lugares que os credos habitam, mas varou a planície e subiu às montanhas ouvindo sermões da religião nova.
Grécia, José Alves |
Pisou os caminhos, em noites de Inverno, estalando a folhagem que as botas calcavam. Pronta a partir, sabendo que, em qualquer lugar, os olhares guardam ainda o brilho da Humanidade.
Aquela que eu sou habita o silêncio e sabe que os seres se refugiam no medo, mistério tremendo, arquitecto secreto da fé destes homens. Num lugar distante, talvez ainda encontre a secreta mensagem, inviolável, porém.
Mar Egeu, José Alves |
Filha da Ibéria, herdeira do Mediterrâneo, virada para sul, bem pode o filósofo clamar-me hiperbórea (engana-se outra vez). Não me atraem druídas, nem bosques encantados.
José Alves |
Tu, celebra o fim das colheitas, que o outono acolhe. Nome de mulher, fenómeno de luz, filha de Maomé com beleza sublime, desfia o luar não cegues os homens.
Homem, responsável, não mintas assim que o velho Deus - se crês - te ouve!
Homem, responsável, não mintas assim que o velho Deus - se crês - te ouve!
Este é o Reino, esta é a Hora.
Ana
*Especialmente dedicado ao cardeal patriarca de Lisboa que, em Fátima, falou de forma ignóbil, tornando ainda mais controversa a velha expressão: ««Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.» (Mateus 22:21)[1] (em grego:Ἀπόδοτε οὖν τὰ Καίσαρος Καίσαρι καὶ τὰ τοῦ Θεοῦ τῷ Θεῷ). O episódio aparece em Lucas 20:20-26, Mateus 22:15-22 e Marcos 12:13-17.», wiki
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2825411
*Especialmente dedicado ao cardeal patriarca de Lisboa que, em Fátima, falou de forma ignóbil, tornando ainda mais controversa a velha expressão: ««Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.» (Mateus 22:21)[1] (em grego:Ἀπόδοτε οὖν τὰ Καίσαρος Καίσαρι καὶ τὰ τοῦ Θεοῦ τῷ Θεῷ). O episódio aparece em Lucas 20:20-26, Mateus 22:15-22 e Marcos 12:13-17.», wiki
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2825411
16 comentários:
Tanto tempo sem visitar os blogs amigos!
E aqui está como sempre fantástico! Sua dedicação e capricho em fazer as postagens são comoventes!
Grande abraço e até outra vez...
Aquela que tu és, merece os meus aplausos.
Mas o cardeal merece os meus apupos. Respeitosos, apesar de tudo...
Excelente post, minha querida amiga. Gostei.
Um beijo.
Querida Aninha
Eu concordo com aquela que tu és.
E imagino-te sábia e humana.
E,sim. reprovo totalmente o que disse o Senhor Cardeal. A política aos políticos. A fé a quem é de fé.
E também a solidariedade para os que sofrem e vivem em pobreza, enquanto o Senhor Cardeal(olha o respeitinho), tenho a certeza, não sente esta crise. Ou, talvez sinta.
Afinal as pessoas já não devem ter muito dinheiro para deixar esmolas na igreja.
Boa semana e beijinhos
PS: Fico a aguardar o resultado da vacina. A Sandra já melhorou um bocadinho. Muito Obrigada.
Mais beijinhos
Aquela que é você, se derrama em palavras religiosamente talhadas. Lindo texto ilustrado. Bom voltar aqui neste espaço. Abraços desde o Brasil.
Amiga minha , o teu post está excelente.
Sou crente e nem me perguntes o nome, que isso a mim não importa.
Além disso, não necessito de intermediações entre mim e o Grande Espírito( ainda assim é esta designação dada pelos índios nativos da América do Norte a que mais me agrada).
E quando me aparecem intermediários da estirpe de José Policarpo, que -para continuar o Vaticano a não pagar IMI - se permite desempenhar para o Governo CDS/PSD o papel de Cerejeira para Salazar - então...o asco sobe, embora respeite quem na hierarquia católica defende , como deve, os que sofrem.
Um enorme abraço
Amiga mantém-te sempre assim, RAINHA!
Um percurso comovente.
Um cardeal decadente.
beijinhos e boa semana
Trata-se dum excelente texto.
Li com muito gosto!
Beijinho para si!
Sou crente, mas não católica praticante. Ainda assim, incomodam-me os comentários políticos durante um ritual católico. Como também me incomodaria o inverso. A título particular, todos temos direito à nossa opinião. A título institucional e a título de guia de almas, todos temos as nossas responsabilidades...
Beijos
Excelente post....
Cumprimentos
Este é o Reino, esta é a Hora.
Sempre polémico....Religião e política...
Regresso...depois de ausência forçada.
Beijo
!!!
¡Hola Ana!
Por aquí ando de nuevo leyendo y deleitando la mirada con este delicioso post.
Enhorabuena: Me encanta.
Gracias por compartir este exquisito Texto.
Te dejo mil cariños y mi estima siempre.
Se muy feliz.
Querida professora, não tenho tipo tempo nem inspiração para actualizar o meu blog, mas lá deixei um poema de que gosto muito de um autor que descobri à pouco tempo.
Por aqui continua tudo na mesma, já vi. As suas palavras aguçadas que nem farpas escondidas por trás da subtileza que a nossa língua portuguesa nos oferece.
Um beijo com muitas saudades,
Sara
Ana,
Belo post,
crítico
e ecuménico!
Espelha bem a força que vai na Alma!
Grato pela visita
Abraço
Minha querida
Gostei muito de ouvir a alma da Ana a falar de si.
Quanto ao Cardeal.....para mim os padres...poucos merecem esse nome.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Muito bem, minha Rainha
(Eu, não crente, acho a mentira um enorme pecado...)
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