Levi van Veluw's |
Dias curtos. Excesso de trabalho. Mariposas que esvoaçam fúteis e breves. Cacofonias. Dias curtos. Rostos tristes que o Verão tisnou e agora envelhecem já sem brilho. Prematuras velhices de onde a esperança juvenil se escapou.
Gente que protesta. Velhos que tremem. Adultos que temem.
Lugares vazios acolhem os primeiros frios. Fugazes silêncios. A coragem que foge. A esperança que se afasta. Nefasta linguagem, também destruída. A vida fragmentada. Estilhaçado o sonho.
O medo. A ignorância, lugar do secreto para ser habitado. Cacofonias. Dias curtos. Fragmentos.
País antigo. Já não somos, habitamos aqui.
Ana
11 comentários:
Somos, minha amiga, somos!
Não é ao fim de quase nove séculos que estas criaturas nos vão destruir!!
Bom feriado.
Vês aquela luz, além?
É amanhã... ou, talvez, pouco depois...
Não o renego....mas lamento o momento porque passamos..
Bom resto de semana
Beijo
Cacofonias, sim, muitas...
Mudanças, poucas...
Beijos, Ana.
Uma escrita fascinante. Mas ainda "Somos"! Somos povo que tem nas veias o sangue da vitória.
Um beijo
Que beleza te ler.
Seres não seres e fundições para refundar... te leio e reflito!
Gosto muito!
Querida Aninha
Isso é o que eles querem.
Bombardear com muito barulho para atordoar e baralhar.
Só temos que estar atentos.
Ainda somos e seremos, sempre.
Beijinhos e bom fim de semana, mesmo com chuva.
Isabel
Todos me entenderam.
Existe uma enorme «cacofonia», para baralhar aquilo que somos e não poderão destruir nunca, embora nos pretendam tornar apátridas.
bjs
Chegou a melancolia do Inverno...
Beijinhos
Ana,
temo, deveras, a constatacão de que, as pessoas estão sem sonho face à dor brutal da fome. face à realidade cruel da indigência.
é isso mesmo, Ana, é isso mesmo
… "já não somos, habitamos aqui."
bem haja, sempre.
um beijo com estima
Mel
...Prematuras velhices de onde a esperança juvenil se escapou...
Um texto soberbo de um país que é nosso.
A imagem está perfeita.
beijinhos amiga e boa semana
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