José Alves, Alto Alentejo |
Perdi-me no frio que o vento carrega. Horas contínuas de trabalho inglório. Caminhei por aí, carregando essa nuvem pesada sobre ombros que se recusam a vergar. Que geração é a minha? Não sei nem mo digas! Eu vim de um tempo ab imo pectore, nunca um cisma qualquer me há-de atingir.
Sou de um género nunca frágil que resiste e persevera. A distância e o tempo sempre se flectiram e sei-o há muito. A geada não me mata e o vento que vem do norte é, tão só, um visitante passageiro.
Só os amigos suspeitam destas ausências e sabem que o meu lugar vazio é sinónimo perene da escravatura ignóbil a que estou sujeita. Sabem, porém, que voltarei e que a Primavera já rumina...
Ana
15 comentários:
Pois é, minha querida amiga, a escravatura que tenta limitar-te mas a que sempre soubeste e saberás reagir como ninguém. Beijinho
A Primavera já rumina,
Quem se deita sem ceia
Na tarimba,toda a noite não sossega
Nuvem passageira cinzenta
O vento frio carrega!
Com estas quadras cheguei aqui,
Para bom fim de semana lhe desejar
Amiga Ana Tapadas, com carinho, escrevi
Para você, estas simples palavras a rimar!
À nossa amizade,
Mesmo sendo virtual.
À sua continuidade
Verdadeira especial.
Boa noite, bons sonhos, um beijo
Eduardo.
No pico mais alto de um sobreiro
azinheira, chaparro
te aguardo
como um pássaro
Isso sim...é garra e confiança...
Bom domingo
Bjo
Por muito que o Inverno seja longo, sabemos que a Primavera sempre vem a seguir! E isso ajuda a passar pelo frio!
Beijo, boa semana!
Ainda nos belos relâmpagos
já vislumbro
uma certa desordem de cores nos jardins
Uma reflexão necessária. O trabalho, ou falta ou escraviza. Alguma coisa está errada nesta (des)organização.
Beijinho
Lídia
Uma reflexão necessária. O trabalho, ou falta ou escraviza. Alguma coisa está errada nesta (des)organização.
Beijinho
Lídia
Olá Ana!
Quem aguenta uma nortada [pessoas moldadas na dureza da vida], com certeza é mulher esforçada, resiste e não teme mais nada; ainda mais pressentindo que a radiosa Primavera se avizinha.
Um beijo
Jorge
Aninhas, pelo que consigo saber de ti, não me parece que te vergues a nenhuma escravatura!
Beijinhos.
Esta é e será sempre a tua força minha amiga.
Tal como esse passarinho que resiste a um inverno rigoroso e triste.
beijinho e boa semana
Fê
"Difficile est tacere, cum doleas..."
... e no entanto pressentem-se já os clamores da Primavera.
(enfim, quero acreditar)
beijo
Bela reflexão...Espectacular....
Cumprimentos
E haja esperança.
Bonito :)
Beijinhos
Querida Aninha
É assim mesmo!
Que essa Primavera venha rápida e esplêndida.
Beijinhos.
Isabel
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