Jerusalém, Monte Sião - José Alves, 2019 |
Septuaginta - Salmos -
Salmo 137
Para David, um salmo de Jeremias.
1 Junto aos rios da Babilónia, ali nos assentámos, e
chorámos quando nos lembrámos de Sião.
2 Pendurámos as nossas harpas nos salgueiros das suas
margens,
3 Pois ali aqueles que nos tinham tomado cativos pediam-nos
as palavras de uma canção; os que nos tinham levado para longe pediam-nos um
hino, dizendo: Cantai-nos um dos cânticos de Sião.
4 Como iríamos entoar o canto do Senhor em terra estranha?
5 Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, que a minha mão
direita se esqueça da sua habilidade!
6 Que a minha língua se apegue à minha garganta, se eu não
me lembrar de ti, se eu não eleger Jerusalém como a maior das minhas alegrias.
7 Lembra-te, ó Senhor, dos filhos de Edom no dia de
Jerusalém, quando disseram: Arrasai-a, arrasai-a até os seus fundamentos!
8 Miserável filha da Babilónia! Bendito aquele que te
recompensar da maneira como nos tens feito;
9 Bendito aquele que apanhar e esmagar os teus pequeninos
contra a rocha!
Monte Sião, escavações que comprovam a destruição da cidade (José Alves - 2019) |
Cá nesta Babilónia
Cá nesta Babilónia, donde mana
Matéria a quanto mal o mundo cria;
Cá, onde o puro Amor não tem valia,
Que a Mãe, que manda mais, tudo profana;
Cá, onde o mal se afina, o bem se dana,
E pode mais que a honra a tirania;
Cá, onde a errada e cega Monarquia
Cuida que um nome vão a Deus engana;
Cá, neste labirinto, onde a Nobreza,
O Valor e o Saber pedindo vão
Às portas da Cobiça e da Vileza;
Cá, neste escuro caos de confusão,
Cumprindo o curso estou da natureza.
Vê se me esquecerei de ti, Sião!
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
Matéria a quanto mal o mundo cria;
Cá, onde o puro Amor não tem valia,
Que a Mãe, que manda mais, tudo profana;
Cá, onde o mal se afina, o bem se dana,
E pode mais que a honra a tirania;
Cá, onde a errada e cega Monarquia
Cuida que um nome vão a Deus engana;
Cá, neste labirinto, onde a Nobreza,
O Valor e o Saber pedindo vão
Às portas da Cobiça e da Vileza;
Cá, neste escuro caos de confusão,
Cumprindo o curso estou da natureza.
Vê se me esquecerei de ti, Sião!
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
Israel - José Alves, 2019 |
Tenta compreender um povo a que a História persegue há trinta e cinco séculos. Aqui nada é a preto e branco. Não te apresses a julgar.
A Paz é um caminho necessário e difícil.
5 comentários:
Conheço bem Jerusalém, o meu avô era judeu. Israel é um tesouro da humanidade, aquelas ruas traduzem história. Visitá-la é uma experiência única.
Beijinho Ana
"Cá, onde o mal se afina, o bem se dana,
E pode mais que a honra a tirania;"
Quanto a julgamentos, faz tu o teu juízo
Que eu o sigo e não desminto
Realmente a paz é um caminho cada vez mais difícil. Gostei do salmo. Gostei do poema de Camões. É preciso compreender e não julgar…
Uma boa semana, Ana.
Um beijo.
Gostei do poema e do salmo, gostei da mensagem.
É um caminho difícil, não acredito em impossíveis, beijinhos Ana
Gostei muito desta publicação, amiga Ana!
Beijinhos.
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