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Maria Teresa Horta |
Precisamos de vozes insubmissas, nestes dias em que o mundo se agita e ajusta, porém elas vão-se silenciando na voracidade do tempo.
De ascendência elitista, nobre e culta, soube sempre ler o seu tempo e ajustar as suas "desobediências" a cada momento histórico. Leio por aí, nas notícias, que:
"A BBC colocou a escritora portuguesa entre "as 100 mulheres mais influentes e inspiradoras de todo o mundo". (RTP)
Mãe
mãe
terminou o tempo
de sorrir
desculpa-me a morte
das plantas
tatuei a tua antiga
imagem loura
em todos os pulsos
que anjos inclinam de existires
perdi-me noite na planície
branca
sobrevivente das madrugadas
da memória
trocaram-me os dias
e as ruas de ancas
verticais
e nas minhas mãos incompletas
trouxe-te um naufrágio
de flores cansadas
e o único jardim de amor
que cultivei de navios ancorados ao espaço
Maria Teresa Horta, in Antologia Poética
Oxalá a sua partida, não atraiçoe a memória das mulheres vindouras.
Até sempre!
9 comentários:
Lindo poema y profundo . Me gusto conocer a a la autora, que pena que ya no esta. Te mando un beso
Lindo poema e homenagem! Que ela descanse na PAZ!
bjs, chica
Olá, querida amiga Ana!
Fez história. Que tenha o descanso merecido!
Tenha dias abençoados!
Beijinhos fraternos
Lamento a sua partida e tenho muito receio que as Três Marias caiam no esquecimento...
Abraços, querida Amiga.
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Uma entre as mulheres que mais gosto de ler .E lamentamos quando as vemos partir.
Vamos cumprindo o ciclo da vida. Deixou um grande e belo legado e como sabemos os poetas não morrem , seus escritos os fazem reviver. Deixo abraços, Ana
São precisas vozes que não se conformem com tudo o que nos ditam.
Bonita homenagem.
Beijinhos.
Nunca li nada dela...quem sabe um destes dias.
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Faltam-nos Marias ( e Mários, também ).
Luz e paz para Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa e Maria Isabel Barreno ( que conheci pessoalmente).
Minha querida Ana, estreito abraço , tudo de bom.
:)
Nunca sei muito bem como reagir às partidas físicas. Incomodam , arreliam, doem e depois vem a ausência. No caso da Maria, ficou a obra. Bem dita sejas Maria! Esse ventre para onde partiste há de continuar a parir Mulheres Belas!!! Abraço para a planície.
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