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Remedios Varo |
Frio e luminoso mês de janeiro
Em que as trevas assolam o país,
Horizonte largo de brilho derradeiro
Onde a Justiça se confunde na raíz.
Frio ardiloso e este sol rotineiro
Que pisa a herança da sua matriz.
Sonho largo, abraço verdadeiro,
Afeto, linha dura que sempre quis.
Ergue-te e vela, a tirania espreita!
Ergue-te e sonha o largo horizonte
No moribundo país que se estreita!
Além na colina e aqui neste monte,
Tua coluna frágil, moldável, endireita
E olha em frente da tua reta fronte!
Ana Tapadas, Sul Sereno, Europa editora, Lisboa, 2024, pág. 52
6 comentários:
Muito bonito!
Bjxxx,
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O frio 'luminoso' de janeiro comum nessa época, confunde com o cenário que assola o mundo , seu poema diz bem Ana Temos que nos moldar e seguir em frente.
Deixo um abraço e desejo uma feliz semana .
Profundo poema. Un siempre debe ver al frente . Te mando un beso.
Bonito poema!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Um poema aberto ao real do nosso país e, porque é janeiro, está mesmo um frio de rachar.
Bom fim de semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
O frio aperta-nos por todos os lados.
Poema belíssimo! Parabéns pelo saber dizer tão bem o que na alma e no corpo me pesa.
Beijinhos
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