Rara Avis in Terris, JUVENAL, Sátiras, VI, 165

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Para além do fim

Alto Alentejo, 2013 - José Alves
Entrou sozinho pela noite dentro. No peito levava a amargura de uma vida construída golpe a golpe na crueza desta selva humana.

Alto Alentejo, 2013 - José Alves
Caminhou lenta e tristemente por entre o piar de um mocho distante e chamou Creonte...

Alto Alentejo, 2013 - José Alves
Lá ao longe, um regato desenhava-se majestoso e dolente... estendeu então os braços ao alto, gritou a raiva que sempre o dominou e despediu a alma já gasta e podre.

Alto Alentejo, 2013 - José Alves
E a barca chegou e levou-o. Na sua frente o inferno da vida esperava-o.

Alto Alentejo, 2013 - José Alves
Com os braços abertos, entrou sozinho pela luz dentro...

                                                                                         José Alves

6 comentários:

Mar Arável disse...


O meu mar arável

São disse...

O ser humano é uma ilha rodeada de inavegável solidão...

Mais uma vez , o meu encantamento pelas fotos, rrss

Abraço grande, Aninhas

Bípede Implume disse...

Querida Aninha
Só mesmo aqui se consegue transformar a tanta fealdade deste mundo com textos e fotografias tão belos.
Bem hajam.
Beijinho, amiga.
Bom fim de semana.
Isabel

Fê blue bird disse...

Poema e imagens que nos levam para para a luz eterna.

Magnífico!!!

Quando puderes passa no meu blogue tenho lá uma pequena surpresa para os amigos.

Beijinho


beijinho amiga Ana

Manuel Veiga disse...

... e diluiu-se na Terra Mater.

beijo

Olinda Melo disse...


Querida Ana

A solidão e as agruras da vida num mundo cheio de gente.
Mas ao menos a luz, a Luz ali estava...

Fotos e palavras, belíssimas!

Beijos

Olinda