Mario Vargas Llosa, o escritor peruano nascido em 1936 e prémio Nobel da Literatura em 2010, nem sempre foi um dos meus autores de eleição. Hoje, no entanto, aproveito os longos dias de calor para retornar aos livros - o computador é, ele mesmo, mais uma labareda... Llosa não tem a escrita burilada que me cativa, mas nele existe uma lucidez que me encanta. Jamais é fútil ou ligeiro, mesmo quando escreve obras infantis.
A obra que leio é uma fina análise na qual o ensaísta, o escritor e o jornalista fazem uma admirável síntese dos nossos tempos. A obra começa por chamar
T.S. Eliot, George Steiner, Guy Debord, Gilles Lipovetsky, Jean Serroy e
Frédéric Martel, para ajudarem a caracterizar a “metamorfose” da cultura
contemporânea, e termina convocando Nicholas Carr, autor de Os superficiais, para falar sobre “o que a Internet está a
fazer aos nossos cérebros”.
Aqui vos deixo uma visão geral:
Sinopse
A banalização das artes e da literatura, o triunfo do jornalismo sensacionalista e a frivolidade da política são sintomas de um mal maior que afecta a sociedade contemporânea: a ideia temerária de converter em bem supremo a nossa natural propensão para nos divertirmos. No passado, a cultura foi uma espécie de consciência que impedia o virar as costas à realidade. Agora, actua como mecanismo de distracção e entretenimento. A figura do intelectual, que estruturou todo o século XX, desapareceu do debate público. Ainda que alguns assinem manifestos e participem em polémicas, o certo é que a sua repercussão na sociedade é mínima. Conscientes desta situação, muitos optaram pelo silêncio. Uma duríssima radiografia do nosso tempo e da nossa cultura, pelo olhar inconformista de Mario Vargas Llosa.(Wook)
Mario Vargas Llosa |
Claro que o título me fez lembrar uma outra obra que até por aí circula na rede, mas com uma perspectiva bem diversa, esta:
5 comentários:
Acho que nunca lhe roubei um post...
É hoje... talvez goste...
Curiosamente, o último livro que li foi «A Festa do Chibo» do Vargas Llosa. Gosto muito de literatura latina :)
Beijinhos grandes
Llosa sempre
... mas preocupam-me neste xadrez
os peões
Como sabes, já comentei este livro no "são" e ainda falarei de "A Festa do Chibo", que foi o primeiro livro que li de Vargas.
Bom fim de semana, minha querida Ana
é irónico - tempos não distantes o apreciado escritor hipotecou seu nome ilustre à "encenação" do Espectáculo.
ainda bem se regressa à critica do "Sistema"...
beijo
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